Primavera e as alergias nas crianças
A chegada da Primavera faz com que as alergias nas crianças se tornem mais significativas, demonstrando mais os seus sintomas.
A chegada da estação mais florida do ano, que traz consigo o cantar dos passarinhos, os dias mais solarengos e as flores, faz com que sejam mais evidentes os sintomas de alergias nas crianças e também adultos.
As reações alérgicas são, normalmente, consequência do funcionamento do sistema imunológico do ser humano, que se defende desta forma dos numerosos micróbios e substâncias presentes no seu ambiente, que apesar de tudo não afetam todos os seres humanos.
No caso da Primavera, o aumento de concentração de ácaros e pólen presentes no ar fazem com que os primeiros sintomas possam começar a surgir, como: espirros, nariz a pingar e obstrução nasal, olhos vermelhos, lacrimejo, tosse e comichão na pele, são bastante mais frequentes nesta altura.
De acordo com a Sociedade Portuguesa de Alergologia e Imunologia Clínica (SPAIC), as alergias nas crianças, bem como os seus sintomas, variam consoante a idade das crianças.
Existem alergias que podem despoletar no primeiro ano de vida dos bebés, como forma de eczema atópico, e mais tarde, por volta dos dois anos como forma de asma ou rinite.
Para tentar contrariar o aumento dos sintomas, além de recorrer a um especialista em doenças alérgicas, existem outras dicas que pode seguir como:
- Expor a criança o mínimo possível a tempo ventoso e quente, sobretudo de manhã, que é quando existe uma maior libertação de pólen no ar;
- Manter as janelas do carro fechadas para não entrarem ácaros e pólenes;
- Tentar que a criança não tenha muito contacto com animais, uma vez que o pêlo dos mesmos transporta inúmeras espécies de ácaros;
- Aconselha-se ainda o uso de óculos de sol por parte da criança, para que os olhos não tenham contacto direto com as substâncias que andam no ar.
Apesar da existência de fatores externos como os anteriormente apresentados, sabe-se, atualmente, que o risco futuro de alergias é maior em crianças que tenham uma história familiar onde haja antecedentes de doença alérgica.
Hoje em dia, segundo a SPAIC, em Portugal, cerca de 11% das crianças sofrem de alergias que devem ser obrigatoriamente controladas e acompanhas pelos médicos pediatras.